Avanços contra o mal de Alzheimer

Gary Landreth, neurocientista e autor principal do estudo.

O primeiro sinal de doença de alzheimer
Guarde as suas lembranças
Dez segundos sem memória
Cinco coisas que você não sabia do mal de Alzheimer
Cientistas da Universidade de Case Western Reserve University, são hoje publicado um estudo na revista Science, em que afirmam ter encontrado um fármaco para reverter os efeitos da doença de Alzheimer.
O fármaco em questão, já se usava nos EUA há 10 anos no tratamento do câncer: o bexaroteno. O estudo, que foi realizado em camundongos, conseguiu reverter, de forma rápida os défices cognitivos, patológicos e da memória que causa a doença de Alzheimer.
Este incrível achado, representa um passo importante para o tratamento de pacientes com mal de Alzheimer. Como sabeis, o mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, manifestada como declínio cognitivo e outro tipo de distúrbios comportamentais. Na maior parte dos casos, provoca uma perda progressiva da memória e de outras habilidades mentais, enquanto que os neurônios vão morrendo, e diferentes áreas do cérebro vão atrofiándose.
Na maioria dos casos, a doença ocorre quando o organismo se vê incapaz de excluir do cérebro de uma proteína beta-amilóide que nosso corpo produz de forma natural. O aparecimento de placas senis, depósitos extracelulares de beta-amilóide, associadas à degeneração das estruturas neurais, é um dos sintomas de que o surgimento da doença.
Gary Landreth, neurocientista e autor principal do estudo, descobriu em 2008 que trabalho E (ApoE), um dos principais portadores do colesterol no cérebro, favorece a eliminação das proteínas beta-amilóide. É aqui que entra a droga estrela: o bexaroteno, pois este atua estimulando os receptores encarregados de produzir a ApoE, conhecidos como retinóides X. Por isso, a equipe de investigação de Landreth, decidiu experimentar e experimentar com este fármaco para tentar aumentar os níveis desta proteína e, assim, reduzir as placas senis.
Passadas seis horas da administração aos ratos do fármaco, estes mostraram uma redução de 25% nos níveis de beta-amilóide, alargándose seu efeito mais de três dias. Também houve uma resposta muito rápida para estimular a eliminação das placas senis no cérebro. Para ser mais exato, os pesquisadores observaram que mais da metade das placas haviam limpado em apenas 72 horas.
Se bem que a droga só foi testado com ratos e o estudo está em fase inicial, Landreth é muito otimista e reconhece que os resultados com os humanos podem vir a ser promissores.
Avanços contra o mal de Alzheimer