Depressão, o risco genético?

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Proteína anti-depressão
Contra a depressão
De acordo com um estudo publicado na revista Neuron, pesquisadores alemães do Instituto de Psiquiatria Max Planck, de Munique, identificaram o gene que predispõe os indivíduos a uma depressão severa. Pela primeira vez, os pesquisadores conseguiram ver as mudanças fisiológicas que ocorrem no cérebro quando uma pessoa sofre de depressão. Isso responde à diminuição de tamanho do hipocampo, que é a região associada à depressão.
Apesar de já ser conhecido pelos pesquisadores que a depressão se deve a uma combinação de riscos genéticos e ambientais, os cientistas ainda não descobriram quais eram os fatores genéticos que afetam a predisposição para esta doença. Por isso, eles decidiram fazer um primeiro estudo em que se incluíram material genético de pacientes saudáveis e de pacientes acometidos pela doença. Após a análise, descobriram que existiam diferenças significativas entre o DNA das pessoas saudáveis e aquelas mais vulneráveis à depressão em uma região específica do cromossomo 12, área, que segundo os pesquisadores, se apresentam no contexto da depressão.
O gene responsável por isso, chamado SLC6A15, é o que faz com que as pessoas sejam mais propensas a ter a doença, já que o gene contém uma espécie de “manual de construção” de uma proteína que é responsável pelo transporte de aminoácidos.
Estes aminoácidos que transportam, são os encarregados de regular a comunicação entre os neurônios (sinapses). Precisamente na alteração desta sinapses entre os neurônios, é onde os cientistas acreditam que se produz a vulnerabilidade da pessoa a sofrer a doença.
Para confirmar os resultados no primeiro estudo, os pesquisadores reuniram mais de 15.000 pessoas com as que procederam da mesma forma que na ocasião anterior. O resultado não deixou dúvidas: “as pessoas que não sofriam de depressão mostraram menos atividade do SLC6A15 no hipocampo, região cerebral ligada à depressão severa”, afirma a doutora Elisabeth Binder, responsável pelo estudo.
Esta nova descoberta, poderia conduzir à elaboração de novos tratamentos melhor focados para tratar esta doença, estimulando a atividade do gene SLC6A15.
Depressão, o risco genético?