O rico seco

Uma dieta rica em frutos secos aumenta o nível de metabólitos derivados do metabolismo da serotonina e triptofano, os ácidos gordos e os polifenóis. Foto: Agência SINC

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Como fã das tubulações, as nozes e amendoins? De acordo com um novo estudo publicado no Journal of Proteome Research, o consumo de frutos secos pode ser um hábito alimentar saudável, já que foram descritos novos efeitos benéficos sobre a sua ingestão.
A pesquisa, realizada pela equipe de Nutrição Humana da Universidade Rovira i Virgili (URV), que estuda e descreve a relação existente entre a ingestão de frutos secos e um alto nível de metabólitos da serotonina —um neurotransmissor fundamental na transmissão do impulso nervoso— em pacientes com síndrome metabólica (MetS). As pessoas afetadas MetS têm mais probabilidades de sofrer de doenças cardiovasculares ou diabetes mellitus. Segundo a OMS, esta patologia afeta mais de 20% da população adulta.
Para levar a cabo a investigação, a equipe da URV separou os voluntários em dois grupos: um deles com uma dieta rica em frutos secos e outro não. “Se analisarmos os resultados entre os dois grupos de pacientes, encontramos diferenças significativas entre estes marcadores biológicos. O que ainda não podemos saber qual o percentual dos metabólitos detectados na urina é estimulado de forma endógena ou exógena para o metabolismo, e se estes metabólitos têm um papel direto ou indireto na promoção da saúde relacionada com o consumo de frutos secos”, aponta a pesquisadora Sara Tulipani, pesquisadora central do estudo, para a Agência SINC .
Além disso, os resultados obtidos pela equipe de Tulipani, reforçam a hipótese de que através destas moléculas podem explicar alguns dos benefícios sobre a saúde que tem sido observado em outros estudos, já que, no caso aqueles pacientes que estavam no grupo da dieta rica em frutos secos, há um maior nível de metabólitos derivados do metabolismo da serotonina e triptofano, os ácidos gordos e os polifenóis.
Conforme explica para SINCRONIZAÇÃO Jordi Salas-Salvadó: “Em estudos sobre alimentação e dieta, sempre há que falar em termos de prevenção. Se nos referimos, em particular, a este novo trabalho como pesquisador, não estamos falando de nenhum fármaco ou suplementar a dieta habitual dos pacientes MetS, mas de substituir uma fonte lipídica por outro, que neste caso seria os frutos secos”,
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