Quer seu visto para entrar nos Estados Unidos? Monitora o que você diz nas redes sociais

Se creíais que a liberdade de expressão não estava passando por seus melhores momentos em redes sociais, vos garantir que a coisa pode ir para pior. O departamento de Estado dos EUA quer aprovar uma lei que lhes permita exigir aos requerentes de visto de entrada no país quais são as suas contas de Facebook, Twitter, Instagram, Youtube ou no Linkedin. Não só isso, mas também fornecer detalhes sobre quais são suas diferentes identidades em rede nos últimos 5 anos. Esta proposição poderia afetar cerca de 15 milhões de pessoas por ano.
A coisa não se fica por aqui. Aqueles que quiserem entrar, seja para viver no país, como de turismo, deverão fornecer os números de telefone, endereços de email e destinos que visitou no último lustro. No caso de ter sido deportado de algum país ou de um familiar tenha estado relacionado com a atividade terrorista, em algum momento, também deve ser mencionado.
Antes de nos levando as mãos à cabeça, isso só afetaria aqueles países que não se encontrem dentro do programa de Isenção de Visto, é dizer que só precisam que o documento conhecido como ESTA (Electronic System for Travel Authorization), uma licença que será solicitada pela Internet para pode viajar para os Estados Unidos. Dentro do programa encontra-se, por exemplo, a maioria dos países da Europa, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Canadá, Chile, Japão, entre outras (veja a lista). Fora desta lista e que teriam que enfrentar este controlo estariam Índia, China e México.
Após esta proposição encontra-se um interesse dos Estados Unidos e de Donald Trump, em concreto, de poder lutar contra o terrorismo islâmico ou até mesmo detectar sinais de radicalização em pessoas que decida visitar o seu país. Se começaram a dar pequenos passos nesse sentido e consideram que as primeiras provas estão dando bons resultados para ser mais rigorosos na seleção anterior à entrada.
No momento, trata-se de uma ideia que deverá ser aprovada pelo Escritório de Gestão e Orçamento. Em seguida, deve passar por dois meses de debate até que possa ser dada como aprovada oficialmente. Por enquanto, os grupos que lutam por liberdades civis entraram em pé de guerra, apontando que se trata de uma invasão da privacidade das pessoas e que ataca diretamente à liberdade de expressão.
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